O ecossistema BTC dá as boas-vindas a um novo desenvolvimento de contratos inteligentes

Recentemente, surgiu uma nova plataforma de contratos inteligentes no ecossistema do Bitcoin chamada Fractal Bitcoin, que foi oficialmente lançada na rede principal em setembro. Uma das grandes características da Fractal é a sua capacidade de contratos inteligentes, e, ao mesmo tempo que foi lançada na rede principal, introduziu um novo protocolo de token chamado CAT20. Quais são as particularidades no design técnico do CAT20? O que podemos aprender com isso?

Introdução ao Fractal Bitcoin

Antes de entender o CAT20, precisamos primeiro ter uma breve compreensão do Fractal Bitcoin, cuja relação é semelhante à do ERC20 e ETH, o protocolo CAT20 é implantado no Fractal Bitcoin.

Fractal Bitcoin, também conhecido como Bitcoin Fractal, é uma rede de segunda camada completamente compatível com BTC. Em comparação com BTC, o tempo de confirmação de bloco é mais rápido, levando apenas 1 minuto. O princípio básico é que a rede BTC foi copiada várias vezes, cada cadeia pode processar transações, aumentando assim o número de nós que processam transações, o que naturalmente acelera a velocidade. No entanto, os detalhes técnicos específicos, como a comunicação entre diferentes cadeias, ainda não estão claros, e a equipe oficial não forneceu documentação técnica relacionada.

Uma característica importante do Fractal é que ele ativou o opcode OP_CAT, que foi descontinuado do BTC há muito tempo por razões de segurança, elevando assim a capacidade do Fractal Bitcoin a um novo nível. Alguns acreditam que o OP_CAT pode permitir que o BTC possua capacidades de contratos inteligentes, abrindo assim mais possibilidades para o desenvolvimento futuro.

Atualmente, já existe alguém que implementou um protocolo semelhante ao ERC20 no Fractal Bitcoin.

CAT Protocol

Com o suporte do OP_CAT na camada base, o Protocolo CAT correspondente apareceu rapidamente. O protocolo CAT20 já está em funcionamento, e um certo explorador de blocos também adicionou um painel de funcionalidades correspondente.

O nome CAT20 lembra o ERC20, e os dois são realmente bastante semelhantes. Como o CAT20 implementa um ciclo de vida semelhante em comparação com o maduro protocolo ERC20?

Implantar

Antes da implementação, os usuários precisam especificar o endereço da carteira e as informações básicas do token, que são semelhantes ao ERC20. A diferença é que o CAT20 pode definir limites para a pré-mineração e para a quantidade de Mint por vez.

A implementação é dividida em duas fases: "commit" e "reveal". Na fase de commit, as informações básicas do token, como nome, símbolo, etc., serão escritas no script de saída da transação. O hashId da transação iniciada na fase de commit será usado como a identificação desse token, para diferenciá-lo de outros tokens.

Na fase de revelação, a transação irá emitir um OP_RETURN, salvando o Hash do estado inicial do CAT20. Depois, será emitido um Minter, para manter as mudanças de estado do processo de Mint subsequente.

Todo o processo de Deploy segue os dois passos comuns de submissão e revelação na blockchain, sendo uma forma relativamente comum de implantação de projetos.

Mint

O processo de Mint tem as seguintes características:

• A entrada do mint é um minter, gerado inicialmente no momento do deploy.
• Cada mint tem apenas um minter como entrada, podendo ter vários minters como saída
• A cada mint, há apenas um token.
• A ordem de saída tem requisitos, o minter deve estar antes do token.

A variação na quantidade de minters durante o processo de mintagem afeta toda a atividade de mintagem da rede. Se a cada vez for emitido apenas 1 minter, a quantidade de minters disponíveis na rede permanecerá a mesma, o que causará congestionamento. Para evitar essa situação, é necessário definir a quantidade de minters emitidos a cada vez como maior que 1. No entanto, emitir um minter adicional requer o pagamento de um utxo extra; por razões econômicas, mais pessoas tendem a definir o minter como 0, o que levará à deflação de minters, sendo necessário que algumas pessoas paguem voluntariamente os minters adicionais para manter a situação.

Na versão V2, são gerados dois Minter por padrão, e o estado dos dois Minter estará o mais próximo possível.

Estado da transação (V2)

O minter mantém o estado em dois lugares: um é no OP_RETURN da saída da transação, e o outro é armazenado nos contratos inteligentes, ou seja, o Minter e o Token mencionados acima.

O Hash que armazena o estado da saída da transação atual em OP_RETURN, e o número restante de Mint do Token armazenado no contrato. Após cada Mint, a quantidade de mint do novo Minter gerado é igual ao número restante de mint dividido por dois. No final, a quantidade restante de todos os Minters é 0.

Além do Minter, o Token gerado também é um contrato inteligente, ou seja, CAT20. O CAT20 tem dois estados básicos: quantidade e endereço do proprietário do Token. Diferente do BRC20 ou das inscrições, o CAT20 não está no UTXO do endereço.

Transfer

Ao transferir, a quantidade de tokens de entrada e saída na construção da transação deve ser mantida consistente. Uma única transação pode ter múltiplos tokens diferentes, desde que a quantidade de entrada e saída de cada token seja a mesma.

Burn

Para queimar o Token, basta transferir o Token para um endereço comum.

Resumo

Todas as operações do CAT20 são construídas pelo próprio utilizador, oferecendo uma grande flexibilidade, por isso a parte dos contratos precisa de fazer uma grande quantidade de lógica de verificação. Algumas das vulnerabilidades que surgiram atualmente também foram causadas por descuidos na lógica de verificação.

Este design tem as seguintes vantagens:

1. Para verificar todas as situações de posse de Token, basta consultar o utxo do token, sem necessidade de continuar a pesquisa para cima.
2. Verifique a situação atual do mint procurando transações no OP_RETURN que contenham dados com cat.