# Especialistas avaliaram o potencial da Bielorrússia para se tornar um hub regional de criptomoedas
Desde o início de setembro, o presidente Alexander Lukashenko tem promovido ativamente a ideia de desenvolvimento de ativos digitais na Bielorrússia. A ForkLog conversou com especialistas para entender quão pronta está a legislação e se o país pode tornar-se um novo centro regional de criptomoedas.
Contexto
No dia 5 de setembro, Lukashenko realizou uma reunião sobre criptomoedas, informou a BELTA. Na ocasião, ele pediu para definir regras e mecanismos de controle claros e transparentes para o mercado de ativos digitais, citando a recessão econômica devido às sanções da Europa e dos EUA.
"É importante que não percamos de vista as tendências e não coloquemos em risco nossa liderança tecnológica. Naturalmente, quem define as tendências é quem obtém o máximo benefício. Que Deus queira que consigamos estabelecer essa tendência e, nesse sentido, não coloquemos a carroça à frente dos bois", disse o presidente
No dia 9 de setembro, ocorreu uma reunião do chefe da Bielorrússia com o aparelho do Banco Nacional e a liderança das instituições de crédito. Na reunião, Lukashenko afirmou que as instituições financeiras comerciais precisam implementar ativos digitais de forma mais ativa para garantir os pagamentos externos.
Fonte: BELTA
«Nos últimos cinco anos, a economia, juntamente com o setor bancário bielorrusso, enfrentou desafios sem precedentes. O governo e o Banco Nacional receberam as instruções correspondentes. Agora, aja», disse ele.
Lukashenko reconheceu a crescente popularidade das criptomoedas. Segundo ele, em sete meses de 2025, o volume de pagamentos através de bolsas de criptomoedas no país foi de $1,7 bilhões. Até o final do ano, o indicador pode atingir $3 bilhões, avaliou ele.
O Presidente da Bielorrússia também encarregou os bancos de acelerar a implementação de sistemas de pagamento virtuais, começando pelos códigos QR. Ele afirmou que, no âmbito da estratégia digital, as instituições de crédito devem prestar especial atenção ao uso de tecnologias biométricas e soluções baseadas em inteligência artificial.
Opiniões dos especialistas
O fundador da GMT Legal, Andrei Tugarin, destacou que a Bielorrússia alcançou uma etapa criticamente importante na regulação de ativos digitais. Segundo ele, a base existente na forma do decreto nº 8 e dos atos normativos do PVT cria condições legítimas para o funcionamento de bolsas de criptomoedas e casas de câmbio.
"A abordagem escolhida para a regulamentação não pode ser considerada espontânea ou uma caça às tendências, tudo está a decorrer de forma bastante consistente, muitos países começaram com um cenário semelhante, se olharmos para a experiência passada", acrescentou ele.
De acordo com as previsões do especialista, as futuras iniciativas legislativas no país irão facilitar a entrada de novos participantes e serviços. Isso "apenas aumentará a atratividade da Bielorrússia tanto em termos de investimento quanto de inovação."
«As tecnologias sempre se desenvolvem de forma mais confortável em regiões com regulação, mesmo que em estágios iniciais», disse Tugarin
O criador da agência jurídica Cartesius, Ignat Likhunov, apontou uma contradição fundamental. Por um lado, as autoridades procuram criar um ambiente regulatório atraente para a atração de investimentos estrangeiros no setor de criptomoedas. Por outro lado, a adoção ativa de ativos digitais traz riscos de desestabilização macroeconômica.
«O efeito manifesta-se especialmente em situações em que há uma quantidade excessiva de massa monetária ( em relação ao potencial produtivo real), isso se quisermos esboçar de forma muito sucinta os processos econômicos fundamentais e inevitáveis», — observou ele.
Falando sobre o potencial da Bielorrússia para se tornar um hub regional de criptomoedas, Likhunov salientou tanto as vantagens como os sérios obstáculos.
«Os pontos positivos incluem a regulação bastante antecipada do próprio comércio de criptomoedas (, onde a criptomoeda foi reconhecida já em 2018 ), benefícios fiscais únicos para os residentes da PVT – taxa de imposto reduzida e isenção de IVA, que estão em vigor até 2049, bem como o apoio à mineração através de contratos de investimento com preço fixo de eletricidade», explicou ele.
No entanto, as ambições são prejudicadas por restrições para usuários comuns. Em particular, a proibição de transferências P2P fora do PVT, o bloqueio de cartões bancários e a identificação obrigatória de carteiras. Segundo um especialista, tudo isso cria um ambiente hostil para investidores individuais.
"Além disso, a crescente concorrência regional e, principalmente, a pressão sancionatória da UE e dos EUA, que não desapareceu, mas apenas se intensificou desde 2020 e 2022 — limitam severamente as mencionadas oportunidades de integração no sistema financeiro global e atração de grandes capitais internacionais", acrescentou ele.
Likhunov também apontou as contradições internas e os obstáculos burocráticos que podem impedir a implementação da estratégia escolhida.
Recordamos que, na segunda metade de 2026, o rublo digital começará a funcionar plenamente na Bielorrússia.
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Especialistas sobre as chances da Bielorrússia se tornar um hub regional de criptomoedas
Desde o início de setembro, o presidente Alexander Lukashenko tem promovido ativamente a ideia de desenvolvimento de ativos digitais na Bielorrússia. A ForkLog conversou com especialistas para entender quão pronta está a legislação e se o país pode tornar-se um novo centro regional de criptomoedas.
Contexto
No dia 5 de setembro, Lukashenko realizou uma reunião sobre criptomoedas, informou a BELTA. Na ocasião, ele pediu para definir regras e mecanismos de controle claros e transparentes para o mercado de ativos digitais, citando a recessão econômica devido às sanções da Europa e dos EUA.
No dia 9 de setembro, ocorreu uma reunião do chefe da Bielorrússia com o aparelho do Banco Nacional e a liderança das instituições de crédito. Na reunião, Lukashenko afirmou que as instituições financeiras comerciais precisam implementar ativos digitais de forma mais ativa para garantir os pagamentos externos.
Lukashenko reconheceu a crescente popularidade das criptomoedas. Segundo ele, em sete meses de 2025, o volume de pagamentos através de bolsas de criptomoedas no país foi de $1,7 bilhões. Até o final do ano, o indicador pode atingir $3 bilhões, avaliou ele.
O Presidente da Bielorrússia também encarregou os bancos de acelerar a implementação de sistemas de pagamento virtuais, começando pelos códigos QR. Ele afirmou que, no âmbito da estratégia digital, as instituições de crédito devem prestar especial atenção ao uso de tecnologias biométricas e soluções baseadas em inteligência artificial.
Opiniões dos especialistas
O fundador da GMT Legal, Andrei Tugarin, destacou que a Bielorrússia alcançou uma etapa criticamente importante na regulação de ativos digitais. Segundo ele, a base existente na forma do decreto nº 8 e dos atos normativos do PVT cria condições legítimas para o funcionamento de bolsas de criptomoedas e casas de câmbio.
De acordo com as previsões do especialista, as futuras iniciativas legislativas no país irão facilitar a entrada de novos participantes e serviços. Isso "apenas aumentará a atratividade da Bielorrússia tanto em termos de investimento quanto de inovação."
O criador da agência jurídica Cartesius, Ignat Likhunov, apontou uma contradição fundamental. Por um lado, as autoridades procuram criar um ambiente regulatório atraente para a atração de investimentos estrangeiros no setor de criptomoedas. Por outro lado, a adoção ativa de ativos digitais traz riscos de desestabilização macroeconômica.
Falando sobre o potencial da Bielorrússia para se tornar um hub regional de criptomoedas, Likhunov salientou tanto as vantagens como os sérios obstáculos.
No entanto, as ambições são prejudicadas por restrições para usuários comuns. Em particular, a proibição de transferências P2P fora do PVT, o bloqueio de cartões bancários e a identificação obrigatória de carteiras. Segundo um especialista, tudo isso cria um ambiente hostil para investidores individuais.
Likhunov também apontou as contradições internas e os obstáculos burocráticos que podem impedir a implementação da estratégia escolhida.
Recordamos que, na segunda metade de 2026, o rublo digital começará a funcionar plenamente na Bielorrússia.