As autoridades francesas lançaram uma investigação ao Grok, o chatbot de IA desenvolvido pela xAI, empresa de Elon Musk. O inquérito centra-se em alegações de que o chatbot difundiu conteúdos de negação do Holocausto, levantando sérias preocupações acerca de desinformação gerada por IA e falhas na moderação de conteúdos.

Isto não se resume apenas a um chatbot fora de controlo. Destaca uma tensão crescente entre a inovação em IA e a supervisão regulatória em toda a Europa. A decisão de França sinaliza que as plataformas tecnológicas — mesmo as apoiadas por bilionários — não terão carta branca no que toca a factos históricos e às leis contra o discurso de ódio.

Para a comunidade cripto, há aqui um paralelo. Tal como os sistemas descentralizados enfrentam escrutínio pelo uso ilícito, as ferramentas de IA estão agora sob análise pelo potencial de propagação de narrativas perigosas. Musk, que tem sido um defensor do absolutismo da liberdade de expressão e mantém fortes ligações à cultura cripto, enfrenta agora pressão regulatória numa jurisdição que não facilita.

A investigação pode criar um precedente sobre como os sistemas de IA são responsabilizados — algo que eventualmente poderá também afectar projectos de IA baseados em blockchain. Será que isto vai abrandar a inovação ou forçar melhores salvaguardas? O tempo o dirá.