A Polônia acusa a Rússia de usar criptomoeda para financiar espionagem na Europa
Rede ligada ao GRU alegadamente financiada com ativos digitais
A Polônia elabora um projeto de lei para reforçar a supervisão das transações de criptomoedas
O principal oficial de segurança da Polónia alegou que a Rússia está cada vez mais a recorrer a criptomoedas para financiar atividades de espionagem e campanhas de desestabilização em toda a União Europeia.
Cripto supostamente utilizada para financiar operações encobertas russas
Em uma entrevista ao Financial Times, Sławomir Cenckiewicz, chefe da agência de segurança nacional da Polônia, disse que Moscovo provavelmente utiliza ativos digitais para financiar a sua frota sombra e lançar operações de drones encobertas no espaço aéreo europeu. Esses esforços, acrescentou, fazem parte de uma estratégia mais ampla para realizar missões de sabotagem e coleta de informações dentro das fronteiras da UE.
Cenckiewicz apontou para descobertas anteriores de 2023, quando as autoridades polacas descobriram uma rede ligada ao GRU---referindo-se à agência de inteligência militar da Rússia---que havia sido "em grande parte financiada com criptomoeda." Ele disse que as informações atuais sugerem que táticas semelhantes estão sendo usadas hoje para evitar mecanismos tradicionais de detecção financeira.
De acordo com o relatório, operativos russos e agentes recrutados localmente conseguiram infiltrar partes da Polónia, com vários indivíduos já acusados nos últimos anos de espionagem e atos de sabotagem ligados a Moscovo.
Varsóvia move para apertar a supervisão de ativos digitais
Em resposta, os reguladores polacos estão a avançar com uma nova legislação de supervisão de criptomoedas para fechar brechas que poderiam permitir a potências estrangeiras financiar operações encobertas através de ativos digitais. Cenckiewicz enfatizou que o serviço de inteligência nacional está a monitorizar de perto a elaboração deste projeto de lei para garantir que a estrutura bloqueie efetivamente o financiamento de espionagem baseado em criptomoedas.
"Os serviços de inteligência polacos estão muito interessados neste processo legislativo," afirmou Cenckiewicz, sublinhando a necessidade de impedir que governos hostis explorem canais de criptomoeda.
As criptomoedas, particularmente o Bitcoin, são frequentemente utilizadas em transações transfronteiriças devido à sua natureza pseudónima e à falta de dependência de intermediários bancários tradicionais, tornando-as uma ferramenta cada vez mais atraente para operações estatais encobertas.
Enquanto isso, os russos atualmente detêm mais de $25,4 bilhões em criptomoedas, uma cifra impulsionada pelo aumento da participação institucional. Analistas afirmam que o aumento destaca o papel crescente dos ativos digitais no sistema financeiro da Rússia, apesar da incerteza regulatória em curso, uma tendência que pode levar os formuladores de políticas a agir mais rapidamente em relação a um criptobanco nacional.
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Polônia Acusa a Rússia de Usar Criptomoeda para Financiar Operações de Espionagem na Europa – Relatório
Análise Rápida
O principal oficial de segurança da Polónia alegou que a Rússia está cada vez mais a recorrer a criptomoedas para financiar atividades de espionagem e campanhas de desestabilização em toda a União Europeia.
Cripto supostamente utilizada para financiar operações encobertas russas
Em uma entrevista ao Financial Times, Sławomir Cenckiewicz, chefe da agência de segurança nacional da Polônia, disse que Moscovo provavelmente utiliza ativos digitais para financiar a sua frota sombra e lançar operações de drones encobertas no espaço aéreo europeu. Esses esforços, acrescentou, fazem parte de uma estratégia mais ampla para realizar missões de sabotagem e coleta de informações dentro das fronteiras da UE.
Cenckiewicz apontou para descobertas anteriores de 2023, quando as autoridades polacas descobriram uma rede ligada ao GRU---referindo-se à agência de inteligência militar da Rússia---que havia sido "em grande parte financiada com criptomoeda." Ele disse que as informações atuais sugerem que táticas semelhantes estão sendo usadas hoje para evitar mecanismos tradicionais de detecção financeira.
De acordo com o relatório, operativos russos e agentes recrutados localmente conseguiram infiltrar partes da Polónia, com vários indivíduos já acusados nos últimos anos de espionagem e atos de sabotagem ligados a Moscovo.
Varsóvia move para apertar a supervisão de ativos digitais
Em resposta, os reguladores polacos estão a avançar com uma nova legislação de supervisão de criptomoedas para fechar brechas que poderiam permitir a potências estrangeiras financiar operações encobertas através de ativos digitais. Cenckiewicz enfatizou que o serviço de inteligência nacional está a monitorizar de perto a elaboração deste projeto de lei para garantir que a estrutura bloqueie efetivamente o financiamento de espionagem baseado em criptomoedas.
"Os serviços de inteligência polacos estão muito interessados neste processo legislativo," afirmou Cenckiewicz, sublinhando a necessidade de impedir que governos hostis explorem canais de criptomoeda.
As criptomoedas, particularmente o Bitcoin, são frequentemente utilizadas em transações transfronteiriças devido à sua natureza pseudónima e à falta de dependência de intermediários bancários tradicionais, tornando-as uma ferramenta cada vez mais atraente para operações estatais encobertas.
Enquanto isso, os russos atualmente detêm mais de $25,4 bilhões em criptomoedas, uma cifra impulsionada pelo aumento da participação institucional. Analistas afirmam que o aumento destaca o papel crescente dos ativos digitais no sistema financeiro da Rússia, apesar da incerteza regulatória em curso, uma tendência que pode levar os formuladores de políticas a agir mais rapidamente em relação a um criptobanco nacional.
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