Está confirmado que a Suíça está a pressionar fortemente por um novo enquadramento global para dinamizar os mercados de créditos de carbono através de um sistema de negociação apoiado pela ONU. O objetivo? Canalizar mais capital para países em desenvolvimento, especialmente agora que o financiamento climático tradicional está a desaparecer.

O timing é interessante. Os canais de ajuda tradicionais estão a apertar, e as economias emergentes precisam rapidamente de alternativas. Este mecanismo da ONU pode ser a ponte — imagine-se uma negociação estruturada de créditos de carbono que realmente faz o dinheiro chegar onde é necessário, e não apenas promessas em papel.

O que distingue esta iniciativa das tentativas anteriores? O foco está na execução. A Suíça não está apenas a falar de estruturas; está a construir apoios de coligação para algo que pode ser operacionalizado rapidamente. Os países em desenvolvimento podem ter acesso a liquidez que contorna a burocracia do financiamento climático convencional.

O mercado de créditos de carbono tem sido caótico durante anos — fraudes, dupla contagem, projetos sem impacto. Mas se esta iniciativa ligar os créditos a resultados verificáveis e criar mecanismos de liquidação transparentes, pode mesmo funcionar. A comunidade blockchain anda há anos de olho nesta oportunidade; agora as instituições tradicionais estão a apanhar o comboio.

Em resumo: isto pode redefinir a forma como o capital climático circula globalmente. Se vai cumprir ou tornar-se só mais um tema de conversa da ONU, resta saber. Mas a pressão é grande, e os países estão atentos.