Os representantes de cada um dos países BRICS não mencionaram Washington como o principal motor das atuais guerras tarifárias e da incerteza econômica internacional. No entanto, houve um apelo geral para manter o multilateralismo e um sistema de comércio multilateral.
Cimeira Virtual dos BRICS Não Aponta Dedo a Washington, Pede Defesa do Multilateralismo
A reunião virtual dos BRICS realizada ontem a pedido do presidente brasileiro Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva promoveu o multilateralismo como uma política do bloco, mas não conseguiu identificar Washington como a fonte do hegemônismo.
Os líderes presentes na cimeira, incluindo Lula da Silva, Putin, Xi, Ramaphosa e outros, abstiveram-se de nomear os EUA como o principal responsável pela atual crise comercial resultante do estabelecimento de tarifas unilaterais que alguns consideram ilegais.
No entanto, havia certas alfinetadas que abordavam indiretamente o comportamento hostil de Washington em relação aos seus principais parceiros comerciais. O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que o hegemônismo, o unilateralismo e o protecionismo estavam se tornando rampantes.
Xi declarou:
As guerras comerciais e as guerras de tarifas travadas por alguns países perturbam severamente a economia mundial e minam as regras do comércio internacional.
Lula não mencionou os EUA como promotor dessas políticas, mas abordou a questão da weaponização tarifária. "O chantagem tarifária está sendo normalizada como uma ferramenta para conquistar mercados e interferir em questões internas", avaliou, enquanto apontava que os países do BRICS tinham sido alvos "vítimas de práticas comerciais injustificadas e ilegais."
O Presidente da Índia, Narendra Modi, que não compareceu à reunião, afirmou que "aumentar barreiras e complicar transações não ajudará. Nem a ligação de medidas comerciais a questões não comerciais."
Essa precaução provavelmente decorre de evitar agitar as coisas e complicar ainda mais seu status comercial com os EUA, já que o Brasil e a Índia foram duas das nações mais prejudicadas pelas tarifas de Trump, ambas agora pagando 50% de tarifas sobre suas exportações.
Trump tem sido vocal sobre sua posição anti-BRICS, ameaçando impor tarifas de até 150% sobre o bloco como um todo por ajudar na "destruição do dólar."
Leia mais: BRICS discutirá tarifas dos EUA e multilateralismo na próxima reunião
Leia mais: Trump afirma que sua ameaça de tarifa de 150% ‘quebrou’ os BRICS
Esta página pode conter conteúdo de terceiros, que é fornecido apenas para fins informativos (não para representações/garantias) e não deve ser considerada como um endosso de suas opiniões pela Gate nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Isenção de responsabilidade para obter detalhes.
Os Países BRICS Adotam uma Posição Mais Suave em Relação a Washington na Cimeira Virtual Temática sobre Multilateralismo
Os representantes de cada um dos países BRICS não mencionaram Washington como o principal motor das atuais guerras tarifárias e da incerteza econômica internacional. No entanto, houve um apelo geral para manter o multilateralismo e um sistema de comércio multilateral.
Cimeira Virtual dos BRICS Não Aponta Dedo a Washington, Pede Defesa do Multilateralismo
A reunião virtual dos BRICS realizada ontem a pedido do presidente brasileiro Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva promoveu o multilateralismo como uma política do bloco, mas não conseguiu identificar Washington como a fonte do hegemônismo.
Os líderes presentes na cimeira, incluindo Lula da Silva, Putin, Xi, Ramaphosa e outros, abstiveram-se de nomear os EUA como o principal responsável pela atual crise comercial resultante do estabelecimento de tarifas unilaterais que alguns consideram ilegais.
No entanto, havia certas alfinetadas que abordavam indiretamente o comportamento hostil de Washington em relação aos seus principais parceiros comerciais. O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que o hegemônismo, o unilateralismo e o protecionismo estavam se tornando rampantes.
Xi declarou:
Lula não mencionou os EUA como promotor dessas políticas, mas abordou a questão da weaponização tarifária. "O chantagem tarifária está sendo normalizada como uma ferramenta para conquistar mercados e interferir em questões internas", avaliou, enquanto apontava que os países do BRICS tinham sido alvos "vítimas de práticas comerciais injustificadas e ilegais."
O Presidente da Índia, Narendra Modi, que não compareceu à reunião, afirmou que "aumentar barreiras e complicar transações não ajudará. Nem a ligação de medidas comerciais a questões não comerciais."
Essa precaução provavelmente decorre de evitar agitar as coisas e complicar ainda mais seu status comercial com os EUA, já que o Brasil e a Índia foram duas das nações mais prejudicadas pelas tarifas de Trump, ambas agora pagando 50% de tarifas sobre suas exportações.
Trump tem sido vocal sobre sua posição anti-BRICS, ameaçando impor tarifas de até 150% sobre o bloco como um todo por ajudar na "destruição do dólar."
Leia mais: BRICS discutirá tarifas dos EUA e multilateralismo na próxima reunião
Leia mais: Trump afirma que sua ameaça de tarifa de 150% ‘quebrou’ os BRICS